Exposição CCVF: "Histories of Mutual Respect" Faz-nos Pensar.

Como devem saber, o Palácio Vila Flor acolhe as mais variadas manifestações artísticas e culturais, assegurando assim, um equipamento apto a recolher realizações e actividades diversas.
Coube-me ir visitar a exposição que se encontra no Vila Flor: "Histories of Mutual Respect". Esta é composta por curtas-metragens, cada uma faz-nos pensar e olhar para as situações da vida com que nos deparamos no nosso dia-a-dia, acabando por nos ensinar algo crucial, sentimentos como o amor devem ser mostrados, nem que seja através da música, da amizade ou simplesmente através de um sorriso.
 Durante a exposição, apercebi-me da importância da preocupação que deveríamos ter em relação ao futuro, não podemos deixar de lutar pelos nossos sonhos ainda que tudo pareça estar a correr mal, devemos sentir-nos realizados pois a vida passa a correr, escapa-se-nos por entre os dedos e desaparece.
Quando observamos uma exposição, uma qualquer, cada um de nós tem a sua própria interpretação daquilo que vê, ainda que o artista tente comunicar com todos da mesma maneira. Na minha opinião, é exactamente esse o objectivo das exposições, libertar a nossa imaginação, puxar pela nossa cabeça.
 Pelo que observei, e tendo em conta todos os meios utilizados para a realização das curta-metragens, concluí que foi, evidentemente, um trabalho muito interessante, conseguiu captar a minha atenção e puxou-me para os ecrãs de tal maneira que esqueci-me completamente do meu objectivo naquele lugar, viajei, senti e quase vivi os acontecimentos exibidos.
Concluindo, gostaria de partilhar que houve uma curta-metragem que me chamou especialmente a atenção, esta baseou-se no cinema mudo (Charlie Chaplin), mas a cores…"Big Hug".
                                                                                                                                            Marta F.

Filmes Japoneses, uma ementa a não perder.

Como uma alternativa ao drama, ao romance, à comédia e à fantasia, temos os filmes de terror. Ainda que se acredite que a sua verdadeira essência está perdida, ficamos extremamente aliviados e gratos por saber que alguns produtores ainda a conservam (ou pelo menos tentam). Falamos de Tim Burton, Takashi Shimizu, Guillermo del Toro e muitos outros. Todos eles acreditam que a embalagem conta de facto, e ainda bem que o fazem, senão teríamos de voltar ao drama despromovido de emoções fortes, e seria um adeus ao Eduardo Mãos de Tesoura.
O que causa a adrenalina nos filmes é o medo do desconhecido, por isso a antecipação de algo é indispensável para tornar o medo verdadeiro: “O medo é o sentimento mais antigo que o ser humano conhece e os filmes de terror são a oportunidade de lidar com esse sentimento” Stuart Gordon.
Que melhor razão precisamos nós para pegar em ”sexta feira 13” e apagarmos a luzes do quarto? Se procuras filmes que te façam saltar do sofá, temos um site que te vai interessar.
Mas antes disso, vamos abrir os nossos horizontes, vamos juntar o Japão no menu de hoje.
“The Grudge” foi a prova final para considerarmos o Japão uma grande potência a nível dos filmes, e não só! Falamos do pai dos videojogos mais importantes de todos os tempos – de Mario a Sonic, de Zelda a Final Fantasy, de Pac-man a Pokémon, de Gran Turismo a Metal Gear Solid.  O berço de quase todas as consolas importantes, como a Game Boy, a Playstation ou a Nitendo. Enfim, esta cultura nipónica substanciada nos videojogos, nos automóveis, no cinema, no anime, na electrónica em geral e noutros produtos e formatos invadiu o imaginário e o ocidental num piscar de olhos. E por esta altura devemos saber melhor do que ninguém que os filmes de terror orientais podem roubar-nos algumas noites de sono se a nossa sensibilidade estiver desprotegida…nunca mais iremos esquecer a rapariga dos cabelos negros e compridos que aparece por debaixo dos lençóis sem nos apercebermos.
A idéia de um povo que se preocupa obsessivamente com a renovação e a tecnologia pode ser para nós um prato típico para todos os paladares, mas o que é impressionante é que para além disso, eles procuram constantemente a defesa dos valores tradicionais. E a verdade é que o Japão está presente em todo o lado, em qualquer parte do mundo, e procura sempre a sua expansão, mas tende a resistir fortemente contra a entrada de influências estrangeiras. Curioso?
 Imaginemos este país como um crepe chinês, crocante e duro por fora, variado e rico por dentro, poderíamos dizer que encontramos de tudo lá, mas que apesar disso a existência de uma barreira invisível não deixa de ser verdade, e de funcionar como uma muralha, que protege e mantém intactos os seus valores preciosos. Poderá ser esta a razão da resistência? Realmente não nos cabe a nós avaliar estes assuntos, e o que poderíamos fazer de qualquer forma? Para os que estão de fora, o que interessa é a qualidade e a quantidade, e o Japão está no top 3 desta ementa.
www.asian-horror-movies.com é um site que explora as culturas sombrias orientais e onde podes observar qualquer filme de fantasmas, espíritos, e outras entidades desconhecidas de graça! O único “mas” é que as legendas são todas em inglês, mais uma razão para comprares um dicionário como deve ser e largares a edição de bolso junto com os outros livrinhos insignificantes! Volto a lembrar de que os filmes são de origem asiática, refiro-me à China, Japão, Coreia, Tailândia, por isso se não és um grande fã do género, o melhor é ficares pelas receitas antigas da avó.
Para alguém que nunca viu filmes assim, as histórias (e inclusive as personagens tão semelhantes aos nossos olhos!) podem desenrolar-se de forma confusa, mas não deixam de nos captar a atenção. Têm uma lista gigantesca de filmes e podes encontrar até alguns animes que se encaixam no tipo, como “Blood +” e “Death Note”.
Esperemos que aprecies esta refeição original, e recomendamos para principiantes: “Whispering Corridors 5 - A Blood Pledge”,” JU-ON: GIRL IN BLACK ” e “MUOI: The Legend of a Portrait”.
                                                                                                                                      - Juliana B.

Filme da Semana - Karate Kid



Karate Kid 2010 foi realizado por Harald Zwart. É um dos filmes mais recentes nos cinemas Portugueses, no qual tive o privilégio de ver. Acerca do filme posso apontar defeitos e qualidades, mas gostava de referir sobretudo o meu agrado pela qualidade do elenco ( Jackie Chan, Jaden Smith). Como principal defeito achei que o filme devia ter um final diferente, não me refiro ao típico final feliz mas sim à duração do filme, sim, é verdade que foi uma versão modernizada do antigo filme, mas nunca é tarde para adicionar um pouco e informação extra e uma reviravolta da história. Em relação às qualidades o filme está recheado. A personagem principal é Jaden Smith, e para quem não conhece esta futura promessa do cinema Americano, é filho do Actor Will Smith, dotado igualmente com as capacidades cómicas do progenitor.
Já não é o primeiro filme que este jovem realiza, neste especialmente, superou as minhas expectativas.
Toda a história envolvente do filme está muito bem realizada, pois difere de todos os outros filmes realizados anteriormente. A personagem é mais jovem do que as anteriores, e o professor de Kunf Fu é Jackie Chan, no qual também difere do anterior.
Espero que não fique por aqui a realização de filmes sobre as artes marciais do Ocidente, pois neste momento a influência que a arte marcial no cinema tem vindo a cair. Uma pena para os amantes deste desporto radical e pacífico.
                                                                                                                    - Filipa A.

Conheçam-nos

Saudações bloggers cinematográficos, artistas do movimento e fanáticos da cultura!
Somos um grupo de sonhadores entusiasmados pela arte da representação e pelo mundo dinâmico por detrás das câmaras. Declarámos que é a partir deste momento nosso dever a construção de uma estrutura virtual cujo planeta gira em torno não de uma bola de fogo, mas de um manto de esperanças, experiências e memórias na sua forma mais vulgar. Ainda que seja um mergulho frio e consciente na nossa fé interior, acreditamos que não é o formalismo e a complexidade de linguagem que tornam uma teoria científica, é a qualidade da informação e os argumentos.
Os nossos meios são limitados, mas como estudantes e aventureiros faremos o possível para estabelecer uma boa relação de partilha, troca e enriquecimento mútuo. Serviremos como um correio electrónico e esperamos captar a essência das artes e contagiar-vos com o nosso entusiasmo humorístico e espírito juvenil.
O actual é inovador, mas nem sempre o mais interessante, e temos razão para acreditar que certos clássicos devem ser, e com certeza aqui serão recordados com uma mistura da mentalidade contemporânea.
Evocamos o cinema e o teatro não como medicações para uma vida monótona, mas como peças exclusivas de uma colecção imprescindível de vivências levadas ao extremo.